quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Qual conexão entre a beleza interior e a exterior

Eu pesquisei sobre isso no google e achei produtivo.

QUAL A CONEXÃO ENTRE A BELEZA INTERIOR E EXTERIOR?

A beleza externa procede de outra fonte que não a interior. A beleza exterior vem de seu pai e mãe: o corpo deles cria seu corpo. Mas a beleza interior vem de seu próprio crescimento da consciência que você está carregamento de muitas vidas. 
Na sua individualidade ambos estão juntos, a herança física de seu pai e da sua mãe e a herança espiritual de suas vidas passadas, sua perceptividade, seu êxtase, sua alegria. 
Então não é absolutamente necessário de que o exterior seja um reflexo do interior, nem o vice-versa será verdadeiro, de que o interior corresponderá ao exterior. 

Mas às vezes acontece que sua beleza interior é tamanha, sua luz interna é tanta que ela começa irradiar de seu corpo externo. Seu corpo externo pode não ser belo, mas a luz que procede de suas fontes, suas fontes mais profundas de vida eterna, irá fazer mesmo um corpo que não seja belo no sentido ordinário parecer bonito, radiante 
Mas o contrário nunca é verdadeiro. Sua beleza externa tem somente a profundeza da pele. Ela não pode afetar sua beleza interior. Pelo contrário, a beleza exterior torna-se um obstáculo na busca interior: você se torna por demais identificado com o exterior. Quem irá procurar pelas fontes do interior? Muito freqüentemente acontece que as pessoas que são externamente bonitas, são interiormente muito feias. A beleza externa delas se torna uma capa para escondê-las debaixo, e isto é experienciado por milhões de pessoas todo dia. Você apaixona-se por uma mulher ou por um homem, porque você só pode ver o exterior. E depois de alguns dias você começa a descobrir o estado íntimo dele; este não corresponde a beleza externa dele. Pelo contrário, esta é muito feia. 

Por exemplo, Alexandre o grande tinha um belo corpo, mas matou milhões de pessoas, só para preencher seu ego de que ele era o conquistador do mundo. Ele encontrou um homem, Diógenes, quando estava a caminho da Índia, ele vivia nu, o único homem na Grécia, único de um modo. Sua beleza era tremenda, não somente exterior, mas a radiação interna era tanta e tão deslumbrante que mesmo Alexandre teve que parar seu exército quando ele estava próximo numa floresta junto ao rio. Ele parou o exército e foi sozinho ver Diógenes, pois ele não queria que ninguém soubesse que existia um homem muito mais bonito do que o próprio Alexandre. 

Era de manhã cedo e Diógenes tomava banho de sol, despido na margem do rio. Alexandre não podia acreditar que um mendigo… ele nada possuía, nenhuma posse – Mesmo Buda costumava ter uma tigela de esmolas, mas isso também Diógenes jogou fora. Ele era absolutamente sem nenhuma posse, exatamente como ele nasceu, nu. 

Alexandre não podia acreditar no que via. Ele nunca tinha visto uma personalidade tão bela e ele podia ver que essa beleza não era somente do exterior. Alguma coisa infiltrada do interior, uma radiação sutil, uma aura sutil circundando-o. Tudo ao redor dele era uma fragrância, um silêncio. 

Se o interior torna-se belo – o que está em suas mãos – o exterior terá que moldar-se de acordo com o interior. O exterior não é essencial, este terá que refletir o interior de algum modo. 

Mas o inverso não é verdadeiro de jeito nenhum. Você pode fazer uma cirurgia plástica, pode ter um lindo rosto, belos olhos, um nariz bonito, pode mudar sua pele, pode mudar seu formato. Isso não irá mudar seu ser. Dentro você ainda permanecerá ambicioso, cheio de desejo, violência, raiva, fúria, ciúmes, com uma tremenda força de vontade. Todas essas coisas o cirurgião plástico nada pode fazer com elas. 

Para isso você irá precisar um tipo de cirurgia diferente. Isso está acontecendo aqui: você está deitado na mesa. Quando você fica cada vez mais meditativo, pacífico, uma profunda unicidade com a existência acontece. Você cai no ritmo do universo. O universo também tem seu próprio pulsar do coração. As batidas de seu coração, uma vez no mesmo ritmo da pulsação do universo, terá transformado seu ser do feio estado da animalidade, para uma autêntica humanidade. 

E mesmo o humano não é o fim. Você pode prosseguir buscando mais fundo e há um lugar onde você transcende humanidade e algo do divino entra em você. Uma vez que o divino está aí, este é quase como uma luz nuca casa escura. As janelas começarão a mostrar a luz; até mesmo as rachaduras na parede ou o teto ou as portas irão começar a mostrar a luz interior. 

O interior é imensamente poderoso, o exterior é bem fraco. O interior é eterno, o exterior é muito temporário. Quantos anos você permanece jovem? E quando a juventude some você começa sentir que está ficando feio, a menos que seu ser interno também esteja crescendo com sua idade. Então mesmo na sua velhice você terá uma beleza que o juventude pode ficar com ciúmes. 

Lembre-se, a mudança do exterior acontece a partir do interior, mas não estou tornando isso inevitável. A maioria das vezes isso acontece, mas às vezes, o exterior está num estado tão imprestável que mesmo a radiação interior não pode mudá-lo. 

Há casos registrados: um grande místico da Índia – eu falei sobre ele por quase metade do ano continuamente. Seu nome era Ashtavakra. E o que ele escreveu é imensamente importante. Cada sentença tem tantas dimensões a ser exploradas, mas o homem ele mesmo estava numa situação bem difícil. 

Ashtavakra – o nome foi dado a ele, porque ele era quase como um camelo. Em oito pontos ele tinha o corpo distorcido – uma perna era mais longa, um braço era mais curto, sua costa era curvada – em oito pontos ele era deformado. Foi assim que ele nasceu, com um corpo aleijado, distorcido. Mas mesmo em um corpo distorcido e aleijado a alma é tão linda quanto em um belo corpo. 

Ele tornou-se iluminado, mas seu corpo era muito rígido para mudar com a sua mudança interior. Os olhos dele começaram a mostrar algo da beleza, mas o corpo inteiro estava numa tal confusão. 
A história é que o imperador da Índia naqueles dias era Janak e ele estava por demais interessado em discussões filosóficas. Todo ano ele costumava proclamar uma grande conferência de todos os doutores, filósofos, teólogos ou quem quisesse participar. Era um competitivo campeonato. 

Um filósofo bem famoso, Yagnavalkya chegou um pouco atrasado. A conferência havia começado e ele viu do lado de fora mil lindas vacas. Os chifres delas estavam cobertos com ouro e diamantes. Este era o prêmio para o campeão. Era um dia quente e as vacas estavam transpirando. 

Ele disse aos discípulos: “Vocês levem estas vacas. No que concerne a vencer a competição, eu tenho certeza. Porque as vacas devem sofrer aqui? Vocês as levem para minha casa”. Eles tinham uma propriedade na floresta. 

Mesmo Janak não pôde impedi-lo, pois sabia que ele tinha sido o campeão continuamente por cinco anos, e ele seria o campeão desta vez, porque não havia ninguém que pudesse derrotá-lo. Não está correto levar a recompensa antes de ter ganho, mas a vitória dele era tão certa para todos que ninguém objetou. E seus discípulos levaram todas as vacas. 

Enquanto Yagnavalkya estava discursando, um doutor bem desconhecido também estava presente na conferência. Ashtavakra era filho desse doutor desconhecido. Sua mãe estava esperando o marido chegar em casa. Estava ficando tarde e a comida esfriando. Então ela mandou Ashtavakra trazer seu pai para casa, pois ele não podia vencer a competição. Porque devia perder tempo desnecessariamente? Ele era um pobre erudito e havia grandes doutores ali. Ashtavakra foi. Havia pelo menos mil pessoas na conferência, os mais cultos e sofisticados doutores do país. 

Quando Ashtavakra entrou, olhando para o corpo distorcido dele todos começaram a rir. Mas Ashtavakra era um homem de tremenda integridade. Quando eles começaram a rir, ele riu ainda mais alto. Devido a sua alta risada eles pararam. Eles não podiam acreditar que ele estivesse rindo. 

Janak perguntou a ele: “Posso entender porque eles estão rindo, devido ao seu corpo; mas não posso compreender porque você está rindo. E com a sua risada, você parou todo o riso deles”. Um simples homem parou o riso de mil pessoas. 

Ashtavakra disse a Janak: “Pensei que essa conferência fosse para doutores e filósofos, mas vejo que são todos sapateiros. Eles só podem entender a cobertura. Não podem ver o interior, só podem ver o exterior.” 

Houve um grande silêncio. Havia uma grande verdade no que ele estava dizendo. Janak dissolveu a conferência e disse: “Agora eu gostaria de perguntar somente a Ashtavakra. Ele derrotou todos vocês com sua risada e declaração que: ‘Vocês não podem ver o interior, só podem ver o exterior, vocês são todos sapateiros’. Sapateiros trabalham com a pele de diferentes animais. Eu dissolvo a conferência e, Yagnavalkya, devolva aqueles mil vacas, pois você também riu. E quando Ashtavakra riu, você também parou!” 

Era uma situação muito estranha; nunca havia acontecido antes. E assim começou a longa investigação de Janak, o imperador. Ele fez perguntas e Ashtavakra as respondeu. Cada resposta em si mesma continha muito significado e sentido. 

Porque seu corpo estava numa má forma tal que ele não podia ficar identificado com isso. Às vezes bênçãos chegam num tal disfarce. Ele não podia sair, pois onde quer que fosse as pessoas começariam a rir; “Olhem para aquele homem! Vocês já viram algo mais feio do que isso?” 

Assim a maior parte do tempo ele ficava em casa, meditando, imaginando: “Quem sou eu? Certamente não sou esse corpo pois posso ficar cônscio dele, posso observar este corpo de dentro. Certamente essa perceptividade tem que ser diferente desse corpo.” 

Devido a seu corpo aleijado ele experienciou a iluminação. A única barreira é a identificação com o corpo. Mas ele não podia ficar identificado, o corpo era tão feio. Ele jamais olhou em um espelho; isso seria um grande choque. 

Mas Yagnavalkya tinha que devolver aquelas mil vacas para a casa de Ashtavakra. Ele era jovem e derrotou mil velhos doutores nas escrituras antigas. 

É uma das coisas mais estranhas neste país que em cada livro escrito por qualquer místico proeminente foram feitos centenas de comentários, mas ninguém comentou antes de mim sobre Ashtavakra. E ele deve ser pelo menos cinco mil anos antigo. Por cinco mil anos ninguém se importou em olhar suas declarações, as quais são tão significantes. 

Mas sua iluminação interior, seu entendimento interior não pôde mudar

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